União das Freguesias de Assafarge e Antanhol União das Freguesias de Assafarge e Antanhol

História

Assafarge e Antanhol

A união de freguesias foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Assafarge e  Antanhol.
Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.

Assafarge

No censo de 2001 verificou-se na Freguesia um crescimento populacional de quase 25% sendo os residentes actuais cerca de 2.500. É de salientar um acentuado espírito associativo na Freguesia como se pode verificar pelas várias Associações existentes, com carácter social, desportivo, recreativo e cultural, nomeadamente o Grupo Etnográfico Cantares e Danças de Assafarge.
Não muito longe do centro da Freguesia fica o pequeno Santuário de Santo Amaro, onde decorre no primeiro Sábado e Domingo de Agosto uma das mais concorridas romarias dos arredores de Coimbra.
 
Toponímia
Assafarge é nome de ressonância árabe, Assafrágea, Alçofarge e Assafargel palavra mourisca que significa marmelo ou marmeleiro. As primeiras referências à povoação remontam ao Século XII (1122) e a carta de povoamento é de 1228.
 
História
Tal como muitas outras povoações os fundadores de Assafarge escolheram uma colina exposta o mais possível ao sol e lá no alto ergueram o edifício sagrado, construindo aos seus pés as moradias até ao vale , protegendo para cultivo as melhores terras.
 
A Igreja de Assafarge é um edifício transformado ao longo dos tempos, com elementos datados entre os séculos XVI e XVII, sofrendo alterações até hoje. Antes existiria aí um outro edifício de culto mais modesto.
 
Mais importante que as pedra e os muros e a sua arte é sabermos quanto por ali passou a vida, no que ela tem de mais intenso, da alegria à dor. No seu interior e adro se baptizaram, casaram, rezaram, cantaram os vivos, sepultaram os mortos, para sempre ligados, formando essa centenária comunidade que faz um povo ser, ter identidade. É conhecido também que existiu numa planura transformado entre as povoações de Palheira e Algar um povoado romano de certa importância, hoje designada e inexplorada Estação Romana de São Silvestre.
 
Origem do nome
O seu topónimo e de ressonância árabe, que em textos antigos aparece grafada como Assafargea, Alçofarge e Saforge. É menos corrupto Assafargel, palavra mourisca que significa marmelo ou marmeleiro. De salientar ainda que, antigamente, Assafarge pertenceu ao Concelho de Penela.
 
Em textos antigos aparece grafada como Assafragea, Alçofarge e Saforge. É menos corrupto Assafargel, palavra mourisca que significa marmelo o marmeleiro.
Foi antigamente do concelho de Penela.
 
Igreja Matriz
A Igreja Paroquial, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, foi ampliada e, diversas épocas, havendo obras em 1872 e algumas mais recentes.
 
A fachada, do XVIII, apresenta cunhais e empena em cantaria, porta de verga direita e frontão triangular e janela do coro renovado. Segundo se conta, a fachada terá sido puxada a frente. A torre anexa mais isolada é obra nada vulgar nas igrejas rurais do Distrito, de dois corpos, cobertura balbosa, achatada e de base quadrada, cunhais de cantaria, curvos no ângulo e de pilastras na face.
 
Os altares colaterais são da segunda metade do século XVIII, de duas colunas de tipo usual.
 
Capela de Santo Amaro
De construção singela do Séc XVI, fortemente reformada pelo cabido da Sé de Coimbra, no Séc. XVIII e acrescentada no presente com um terraço onde colocaram uma escultura do coração de Jesus. Do terrraço, observa-se  uma deslumbrante paisagem sem fim. A qual deambula pelo Rio Mondego e pelo Casario disperso por vilas e aldeias.

Antanhol

O povoamento inicial da área que hoje compõe a freguesia de Antanhol deve, muito provavelmente, ter acontecido num local que é conhecido por mata velha, ou cidade velha. Em alguns documentos medievais ainda se refere um castro Antoniol. Algumas pessoas pensam que aqui teria estado sedeado um acampamento romano, muito provavelmente relacionado com a linha de defesa de Conimbriga e Aeminium. Toda a área conservava ainda em épocas recentes alguns vestígios e principalmente um revestimento vegetal primitivo que chegou a ser classificado como único na Europa, pelo seu primitivismo natural. Tudo se tem vindo a perder. Pinto Leal afirma que, supostamente, o nome de Antanhol derivaria de aqui terem existido pequenas antas ou dólmenes, o que faria recuar o povoamento para o neolítico. Ao certo, a paróquia aqui organizada chamar-se-ia, em plena idade média, de Nossa Senhora da Alegria (de Aranhol ou Antanhol).
 
ORIGEM DO POVOAMENTO
A existência de um caso romano no topo norte do planalto onde hoje está situado o Campo de Aviação, leva-nos a crer que o povoamento desta zona se tenha efectuado no século II ou século I antes de Cristo.
 
ORIGEM DO NOME:
Falcão Machado, em “Antanhol – A freguesia”, diz-nos que os estudiosos apresentam-nos várias hipóteses sobre a origem do nome “Antanhol”: “Uns dizem que é por ter havido aqui um grande número de antas. Outros atribuem a origem a “Antanhô” (diminutivo de Antão) ou “Antanho” (que significa “antigamente”). Com o tempo foi sobretudo denominada “Antanhol dos Cavaleiros” dada a importância da presença dos Cunhas, os Cavaleiros de Antanhol, que, como adiante veremos, aqui tinham o seu Paço”. Ele próprio se inclina para as “antas” (monumento funerário constituído por uma grande laje disposta horizontalmente sobre 2 ou 3 colunas, todas em pedra) embora hoje não se reconheçam na região quaisquer vestígios de tais monumentos. Segundo José Pedro Machado, no seu “Dicionário etimológico”, citando Leite de Vasconcelos que, por sua vez, cita o Abade de Miragaia (Pedro Augusto Ferreira na sua obra “Tentativa etimológica”), Antanhol deriva de Antaniolus, diminutivo de Antonius, António. Segundo o “Livro Preto”, o documento mais antigo respeitante a este lugar, data de 1079. Este dado não elimina a hipótese de, nessa época, esta terra já se chamasse “Antanhol” como hoje.
 
O ACAMPAMENTO ROMANO:
No topo norte do planalto onde está localizado o “Campo de Aviação”, a uma altitude de 165 metros, estão situadas as ruínas de um campo fortificado a que o povo sempre chamou “Cidade da Mata”, ou “Mata Velha”, ou “Cidade Velha”, as quais foram descobertas e estudadas, entre os anos 1906 e 1911, pelo ilustre arqueólogo e Professor da Faculdade de Letras, Dr.Virgílio Correia. Em 1940, com a instalação da Escola de Aviação Civil Dr. Bissaya Barreto, aquelas ruínas interessaram um maior número de pessoas, e foi então que aquele estudioso as identificou “como sendo de um acampamento romano de utilização temporária e com capacidade para uma legião, o qual dera origem a uma povoação criada à sua volta, isto justificado pelo elevado número de vestígios de cerâmica aí encontrados”. Anda segundo ele, a existência de um “castro romano” nesta região, já era referida em vários documentos medievais.
 
Igreja Matriz
A Igreja Matriz, cujo actual edifício data do século XVIII, ostenta, numa das suas portas, a inscrição “Ho Santíssimo Sacramento”, o que tem originando alguns equívocos relativamente ao verdadeiro padroeiro da Freguesia. Do seu interior, destacam-se os retábulos adaptados de anteriores talhas e outros ao estilo renascentista, e a imaginária. Deste conjunto, as estátuas de São Bento e da Santa Escolástica remontam à época da fundação (século XVIII); a de Santo Antão, data do século XV, e a de São Sebastião, do século XVI.

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